26 de agosto de 2012

Back To You by Ane Stéfano

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Back To You by Ane Stéfano




“Back to you, it always comes around. Back to you. I tried to forget you. I tried to stay away, but it's too late.”
(De volta para você, isso vem sempre na minha cabeça. De volta para você. Tentei esquecê-la. Tentei me manter longe, mas é tarde demais.)


Aqui estou eu de novo, olhando para o teto em busca de algo que possa tirar você da minha cabeça. Sei que tentei mantê-la longe de mim, mas juro que foi somente para o seu bem. Sabia que isso iria doer. Eu sabia... Mas pensava que com o tempo as feridas pudessem cicatrizar. Pensava... Pensava que você também estaria bem depois de um tempo. Eu pensava...

*Flashback*

Peguei o telefone pela centésima vez naquele dia. Sabia que poderia estar na casa dela em menos de um segundo, porém sabia também que me expulsaria. Depois de uns três toques alguém atendeu.
- Alô?- uma voz suave atendeu. Eu sabia. Era ela. Mantive-me calado. – Alô? - Agora parecia estar irritada. Acho melhor responder.
- ? - minha voz saiu trêmula. Sempre me sentia fraco perto dela.
- Edward? - ouvi-la dizer meu nome com uma voz chorosa matou o resto de coragem que existia em mim. Desliguei. Fui covarde.


*Fim do flashback*



“Over you. I'm never over you. Something about you... It's just the way you move, the way you move me.”
(Esquecer você. Nunca me esquecerei de você. É alguma coisa sobre você... É só o jeito com que você se mexe, o jeito que mexe comigo.)


Admito. Tem sido difícil esquecê-la. E como... Ela... Ela faz parte de mim. Sem a menina aqui me sinto incompleto... Eu sei... Muito clichê. Porém é a pura verdade. Um simples gesto dela mexe comigo de uma forma inexplicável.

*Flashback*

Estávamos sentados na grama observando mais um crepúsculo se formando no céu. De repente, ela se virou para mim com um sorriso nos lábios, ajeitando os cabelos. Isso foi o suficiente para me arrepiar dos pés à cabeça.
- O que foi? – rindo da minha cara de bobo.
- Ah... Nada demais... – sorri, olhando para o céu
- Agora trate de falar! Você sabe como sou curiosa! – cutucou-me.
- E como sei! – ri e olhei para ela. – É só que...
- Quê? – incentivou-me a continuar.
- Ah... Você... Você me encanta de uma forma difícil de explicar. O seu aroma perfeito, os seus cabelos brilhando os raios de sol, os seus olhos sorrindo... Tudo em você é tão perfeito! – falei sem pensar em nada. Como sempre!
- Ah! Pare com isso! Você que é perfeito... É além do perfeito... – sorriu envergonhada. Então a beijei.


*Fim do flashback*



“I'm so good at forgetting and I quit every game I've played. But forgive me, love. I can't turn and walk away this way.”
(Sou tão bom em esquecer e termino todo jogo que joguei. Mas perdoe-me, amor. Não posso voltar e ir embora desse jeito.)


Mas apesar de toda dor que estou fazendo a gente passar, sei que nada disso vai ser em vão. Foi preciso. É muito perigoso mantê-la perto de mim e ainda mais viva. É difícil demais.

*Flashback*

- Vamos. Abra! - entreguei a ela o pequeno pacote. – Quero ver a sua reação! – sorri.
- Mas você sabe que não gosto que me dê presentes caros... – abriu o pacote receosa.
Foi quando aconteceu. Ela cortou o dedo com o papel de presente. O aroma divino do seu sangue invadiu as minhas narinas. Já estava praticamente impossível me manter são normalmente perto dela e depois disso foi o fim. Apesar de ter me segurado com todas as forças, percebi que seria inviável continuarmos juntos. Sei que não agüentaria por mais tempo. Foi então que resolvi partir da vida dela. Dei as costas para ela e fui embora. Desde então nunca mais a vi.


*Fim do flashback*



“Back to you, it always comes around. Back to you. I walk with your shadow. I'm sleeping in my bed with your silhouette.”
(De volta para você, isso vem sempre à minha cabeça. De volta para você. Caminho com sua sombra. Estou dormindo em minha cama com a sua silhueta.)


Desde aquele momento, não teve um só dia que não pensei em voltar atrás. Pode ter passado um mês, mas não teve um minuto sequer em que ela tenha saído da minha mente. Fecho os olhos, tentando esquecê-la, porém é tudo em vão. Vejo-a vindo em minha direção e de repente ela some. Pela milésima vez hoje suspirei fundo e abri os olhos. Como mágica, ela estava ali na minha frente. Estava imóvel, tensa e me olhava nos olhos. Eu estava igual. Um mês. E parece que não mudou nada.
- O que você faz aqui? – perguntei ainda imóvel.
- Eu precisava ver você. Nem que seja pela última vez... – olhava para baixo.
Aquelas palavras me mataram de novo. Pela última vez. Seria realmente o nosso fim?



“Should have smiled in that picture if it's the last that I'll see of you. It's the least that you could not do.”
(Deveria ter sorrido naquela foto, se é a ultima que eu vou ver sua. É o mínimo que não poderia fazer.)


- Última vez? – tentava conter o desespero da minha voz.
- É. Acho que você está certo – sentou-se no sofá em frente ao que eu estava sentado.
- Estou? – não acreditava no que ela estava me dizendo.
- Sim... Não quero perdê-lo e sei que você também não quer fazer o que é preciso, apesar de eu já estar pronta...
- Você não está... – interrompi antes de tudo começasse de novo.
- Estou e ponto, mas isso não vem ao caso – virou o rosto para o lado oposto, tentando esconder inutilmente as lágrimas que desciam por seus olhos. – Eu... Sei que essa história de transformação deixaria triste você e não vou fazê-la contra sua vontade... Porém sei que sem isso também fica praticamente impossível continuarmos juntos – levantou-se. – Por isso vou embora de Forks – dirigiu-se à porta, chorando.



“Oh, I will leave the light on. I'll never give up on you. Leave the light on for me too.”
(Oh, irei deixar as luzes acesas. Eu nunca desistirei de você. Deixe as luzes acesas para mim também.)


Não posso deixar isso acontecer! Não posso!
- ... – ela se virou para mim de cabeça baixa. – Não... Não faça isso... – suspirei. – Pense no seu pai, nos seus amigos...
- Já pensei. Pensei demais até...
- Então se isso não é suficiente... Por mim... – droga! Que tenho nessa cabeça?!
- O quê? – não entendia nada.
- Por mim... Fique. Não vá embora... Fique aqui – minha vez de olhar para o chão.
- Você... – ficava vermelha. Ops! Mau sinal. – Você tem sérios problemas, Edward Cullen! Primeiro me afasta e depois simplesmente me quer de volta?
- Não é isso! – alterei-me. – Eu te amo! Esse é o meu sério problema! Eu a amo mais do que você a si mesma! E é por isso que tento ser às vezes racional e mantê-la longe de mim. Sou perigoso e você sabe disso!
- E você sabe que é a minha vida! Por que faz isso com a gente? – chorava cada vez mais. Como isso me destrói.
- É preciso... – aproximei-me. – Mas não quer dizer que é o nosso fim... – droga! Como sou burro! Preciso parar de me contradizer.
- Pare com isso... – afastava-se.
- Eu a amo e isso nunca irá mudar. Você está com o meu coração, Bella... E para sempre... – aproximei-me mais dela. – Pode ser que agora não seja a hora de ficarmos juntos, mas não quero... Não posso deixar isso terminar... – sou um ser irracional. Admito.
Aproximei-me dela e a beijei... Como nunca havia beijado antes, com todo o meu amor. E ela correspondeu, contudo me afastou com força.



“Back to me. I know that it comes back to me. Doesn't it scare you? Your will is not as strong as it used to be.”
(De volta para mim. Sei que isso voltará para mim. Não assusta você? A sua vontade não é tão forte como costumava ser.)


- Não dá... Desculpe... Mas não dá – e saiu sem me dar tempo de raciocinar direito.
Nisso vinha entrando Esme. havia acabado de sair por ali e quase trombado nela. Com uma cara de espanto, ela se aproximou de mim.
- O que aconteceu, querido? – abraçou-me.
- Acho que as coisas não podem acontecer como queremos sempre, né? – soltei-me do abraço e me sentei no sofá.
- Você e a discutiram de novo? – como a voz dela me acalmava...
- É... – encostei minha cabeça ao encosto do sofá. – Dessa vez acho que não tem muita solução...
- Calma, querido – fez carinho no meu braço. – Tudo tem jeito – sorria.
- Não sei... Ela parecia tão determinada. Parecia que o amor dela não tem toda a intensidade de antes. Não a culpo...
- Não pense assim. Tudo tem solução. Vocês irão voltar... Pode ter certeza. Ou melhor, alguém tem certeza... – sorriu.
- Alice? – dei um sorriso sem vontade.
- Sim...
- Só queria que ela voltasse para mim – fechei os olhos.
E ali, de olhos fechados, eu a vi. Vi-a voltando para mim.


Obs: Song fic da música: Back To You – John Mayer.

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